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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

[Spoiler] Entrevista conjunta de Eric Kripke e Sera Gamble *EDITADO - TRADUZIDA**


O produtor executivo e criador da série, Eric Kripke, e a nova showrunner e produtora executiva, Sera Gamble concederam uma entrevista em conjunto para o site Collider.com onde falam sobre o final da quinta temporada e as expectativas sobre a nova temporada, a sexta, que se iniciou no ultimo dia 24 de setembro.


Foram abordadas questões interessantes, foram dadas respostas interessantes. Tanto Kripke quanto Gamble estão em sintonia nas respostas. E ficou claro para mim uma coisa nisso tudo: eles vieram a publico acalmar o fandom. Vieram a publico para garantir que o show ainda é Supernatural, mas com algumas coisas mudadas.


Tirem suas próprias conclusões..

LEIA AQUI...






TRADUÇÃO...
A entrevista foi completamente traduzida pela Vicki.. Valeu Migs!! E ela acrescentou alguns pontos de vista..



A sexta temporada de Supernatural marca não apenas um novo capítulo na história do show, mas também uma mudança na condução, quando o produtor executivo Eric Kripke entregou o cargo de 'show runner' para Sera Gamble. Tendo estado na equipe como produtora e roteirista, foi uma transição suave para todos os envolvidos e ajudou a revigorar e reinventar a série de um modo que mantenha seu frescor por muitas temporadas.

Durante uma entrevista recente para promover o retorno do show, Kripke e Gamble falaram sobre começar do zero nessa temporada, ver como as coisas afetaram Sam e Dean após o apocalipse e como eles definitivamente estão prontos para mais temporadas, se houver demanda para isso.

P: Eric, qual era seu plano original de cinco anos? Já que vc nunca imaginou trazer anjos para a história, como você teria feito o que fez sem o envolvimento dos anjos?

Eric: é uma pergunta muito boa e eu não sei. Quando vc dá início a um show, os planos não estão talhados em pedra. Eles são mutáveis, desenhos feitos em guardanapo. Eu tinha um plano sobre demônios. Era esse meu plano quando comecei. Quando descobrimos, mais ou menos no Piloto, que aquilo se tornaria uma série, um dos produtores e eu criamos uma estratégia e ela envolvia demônios. Começamos por um demônio, que trabalhava para outro demônio e esse demônio queria libertar o diabo. Era tudo uma questão de seguir a hierarquia demoníaca. Eu nem sei se sabíamos, à época, que o Olhos Amarelos trabalhava para Lilith. Só sabíamos que havia um demônio maior. E então decidimos fazê-la em forma de mulher porque o primeiro demônio era um homem. Então, as coisas evoluíram.

Tínhamos uma estrutura de uma hierarquia demoníaca que queria em última instância libertar Lúcifer e permitir que ele possuísse o corpo de Sam. O grande segredo sempre foi que Sam seria o receptáculo. Orginalmente, era só que Dean teria que caçar e matar seu irmão. Mas então, justamente por isso, trouxemos os anjos para reforçar o outro lado da moeda. E então, Miguel entrou na jogada. A coisa evoluiu de apenas 'Eu tenho que caçar e matar meu irmão' para essas duas histórias refletidas sobre duas duplas de irmãos, dois do Céu e dos da Terra e como eles se comparam e contrastam. Muito disso tudo foi pura sorte e muito foi perceber as oportunidades que tínhamos à nossa frente na época e tirar vantagem disso. E na maioria das vezes, funcionou.

P: Sera, como é ser a chefe nessa temporada?

Sera: É muito bom. Eu tenho o melhor time do mundo. O show é uma máquina bem lubrificada, a essa altura, então é meio que 'Não conserte o que não está quebrado". É essa a minha filosofia.

P: O quanto essa promoção afetou seu trabalho como roteirista? Quantos episódios você vai efetivamente escrever?

Sera: Tenho escrito uns 4 ou 5 por temporada, até agora. Imagino que vou escrever uns 3 ou 4 nessa temporada. Acabo re-escrevendo com mais frequência ultimamente. Adoraria dizer que vou escrever menos porque me daria mais tempo pra fazer outras coisas, mas isso provavelmente não vai acontecer. Devo escrever o mesmo tanto.

P: Eric, qual é o seu envolvimento nessa temporada?

Eric: Estou sempre lá, mas não liderando, o que está me ajudando a 'endireitar a coluna'. Até agora, eu estive na sala [dos roteiristas] quando cada episódio saía e dei opiniões em todos os roteiros. Francamente, eu acho que ainda estou lá um pouquinho mais que Sera e Bob (Singer) gostariam que eu estivesse, mas estou mesmo tentando ter certeza que o show siga alguns parâmetros criativos, para que continue sendo Supernatural. Fora isso, estou entusiasmado e incentivando Sera a torná-lo um show dela e colocar sua própria interpretação da coisa e acho que será revigorante para os fãs. É um show que sempre se reinventa e estava na hora de se reinventar novamente.

P: Eric, com o que você está mais empolgado para essa temporada?

Eric: Deixar o passado para trás (apagar o quadro negro). Eu acho que isso é muito excitante. Mitologias se tornam fardos exaustivos, da perspectiva de um roteirista. Se olhar a fundo em Arquivo X, que mencionamos muito na sala [dos roteiristas] como algo que nos aterroriza ou mais pro final de Buffy, por mais que eu ame esse show, as coisas se complicam e é difícil. A coisa torna-se menos a alegria do porquê vc se apaixonou por aquele show em primeiro lugar e mais sobre ter que resolver todas as pontas do enredo.

Então, a oportunidade de dizer, "Certo, o filme Supernatural, como o conhecemos, acabou. Vamos nos ligar na sequência. O novo filme está começando. Aqui estão os novos personagens. Eles estão em momentos diferentes de sua vida e estão se envolvendo com uma nova conspiração e mitologia e eles podem se divertir e nós podemos colocá-los em novas situações sem estar atrelados à mitologia do passado." Não temos que nos preocupar com isso. Está sendo um momento revigorante e de muita liberdade na sala dos roteiristas.

P: É um novo arco que está se iniciando?

Eric: Sim, mas eu não sei quanto dura esse plano. Sei que pelo menos por um ano. Pode se alongar. Assim como fizemos no começo do show, ali pelo meio da temporada teremos uma boa visão sobre se haverá mais um ano depois desse. Temos diferentes planos em mente. Eu acho que pode se alongar. A ideia é certamente ir adiante, se houver vontade, mas é uma sensação diferente. Será a diferença entre Alien e Aliens, com o mesmo assunto e personagens, mas com cineastas diferentes trazendo um novo estilo. Sera tem realmente seu próprio estilo. Serão os personagens que vc ama, mas num tom diferente, o que eu acho realmente excitante.

P: Sera, quais são suas ideias para essa nova temporada? Há um enredo geral?

Sera: Há. Eric, Bob e eu, e também Ben Edlund conversamos sobre a 6a temporada, bem no começo da 5a, e falamos sobre como colocar as ideias sobre o que já tínhamos. A quinta temporada foi o apocalipse, então a 6a tem que lidar com o pós-apocalipse. Nós sabíamos que estávamos caminhando para o mais épico possível, então não quisemos enfiar outro problema. Não queríamos lidar com uma história nova porque parecia trapaça. Eu não acho que vc pode querer dar mais que Lúcifer e esperar segurar a audiência.

A 6a temporada começa com um mistério recorrente sobre monstros. Monstros serão, pela primeira vez, parte grande da mitologia, na forma como vêm agindo no pós-apocalipse. Vai ter muito mais Sam e Dean atirando na cara dos monstros, como nos velhos tempos, mas esses mistérios vão mudando. O show parece mais duro e pé-no-chão e eles parecem mais uma dupla de investigadores sobrenaturais às vezes, ao contrário de peões numa batalha épica. Isso foi algo que interpretamos até a conclusão, nas duas últimas temporadas.

P: O show vai se tornar mais 'noir'?

Eric: Não tanto para 'sombras e sobretudos', mas ninguém é o que parece, todos têm segundas intenções e há muitas reviravoltas e traições.

P: Como a dinâmica entre Sam e Dean vai diferir na 6a temporada?

Sera: Fizemos uma referência à primeira temporada no começo dessa com muita consciência, porque sabemos do fato de que planejamos para que essa seja um pouco similar, com Sam voltando à vida de Dean e Dean tendo abandonado as caçadas. Na superfície, parece só isso, mas nós subvertemos a coisa bem depressa. Sob a superfície, as coisas não são exatamente como parecem.

P: A nova família de Dean estará na temporada toda?

Sera: Não sei se na temporada toda, mas os veremos bastante, pelo menos no início.

P: Por quanto tempo Sam esteve no inferno?

Sera: É uma pergunta que responderemos mais pra frente na temporada, então vc vai ter que assistir pra descobrir.

P: Mais pro final da temporada, a importância de impedir o apocalipse diminuiu para Dean, por conta de Sam.O que diz em relação a isso? Os fãs interpretaram errado?

Eric: Tudo está aberto a interpretação. Longe de mim dizer o que os fãs têm que achar do show. Isso é com eles. Eu só posso dizer o que significou pra mim, que é que o show é sempre foi sobre família, da página 1 à 5000. Nunca foi sobre um irmão ou o outro. É sobre a relação entre eles. Pra mim, é uma coisa yin-yang.

A salvação do planeta dependia de ambos agindo igualmente e, se Dean não tivesse decidido se sacrificar e ir estar com seu irmão por causa do amor pela família e o relacionamento entre eles triunfar e se ele não tivesse aprendido a perdoar o irmão e amá-lo ao longo dos anos de experiência no show, então ele nunca teria feito o que fez, Sam nunca o teria visto, ele nunca teria visto o carro e nunca teria forças para assumir o seu corpo e salvar o mundo. É um trabalho para duas pessoas.

P: Então, ele fez o papel que deveria fazer?

Eric: Sim, e fez algo que jamais teria feito no Piloto, mas que aprendeu a fazer no final de temporada. Pra mim, é esse o ponto. Mas, enquanto estiverem assistindo, as pessoas podem achar aquilo que quiserem.

P: Os Ghostfacers voltam nessa temporada?

Sera: Pode ser. Não os incluímos em nenhuma história ainda e os Ghostfacers são mega-stars gigantes na Internet. Mas, vez ou outra, teremos uma história e pensaremos “Quem poderia fazer isso? Os Ghostfacers fariam!” Então, é só questão de tempo até que apareçam. É só se encaixarem na história.

P: E Mitch Pileggi voltando em um papel recorrente, como a história dos Campbell e da mãe dos meninos vai acontecer nessa temporada?

Sera: Desde que descobrimos que a mãe de Sam e Dean era uma caçadora e que vem de uma longa linhagem de caçadores, isso era algo que estava entalado na sala dos roteiristas e sobre a qual falávamos muito. Poderia haver caçadores que Sam e Dean não conheciam, que podiam ser membros da família que eles não conheceram ou nem ouviram falar. São ótimos caçadores, mas só trabalham entre si. São especialistas em monstros e estão por aí há muito, muito tempo. Queríamos fazer a história dos Campbell faz tempo e o fato de que agora os monstros são um problema grave na mitologia, foi uma boa razão para trazê-los. Haverá muitas histórias sobre origens nessa temporada – as origens de Sam e Dean e as origens dos monstros.

P: Vamos ver John e Mary jovens novamente?

Sera: Nós queremos. Estamos só trabalhando na primeira leva de episódios. Eles estão definitivamente na mesa. Nós os amamos. São atores fantásticos e, se pudermos colocá-los num flashback novamente, nós o faremos. Assim que surgir a história certa, nós os traremos de volta.

P: Sera, você topa fazer mais temporadas, se essa for bem?

Sera: Sim, claro.

P: Vocês perderam o co-produtor/roteirista Jeremy Carver nessa temporada?

Sera: Sim, perdemos Jeremy para seu próprio sucesso. Ele e sua esposa estão levando a versão americana de Being Human. Mas nós o amamos.



Nota da Vicki: Só uma coisinha (pq tem coisa que realmente ofende) pra quem acha que jogar no Google é igual ter um profissional para traduzir pro leitor:

Mitologias se os encargos de exaustão, do ponto de vista de um escritor. Se você olhar profundamente em The X-Files, que trazem um monte na sala como algo que apenas estão aterrorizados, ou no final do jogo com Buffy, tanto quanto eu amo esse show, as coisas ficam complicadas e é difícil . Torna-se menos sobre a diversão de porque você caiu no amor com que mostram, em primeiro lugar, e mais sobre a manutenção de todos esses argumentos.

Igualzinho, né? É, a Vicki é boca-dura mesmo.

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